Xterra no Rally Dakar

Rally Dakar

Fazer expedições a bordo de uma Xterra já é muito bom. Sair com a certeza de que vai poder enfrentar os mais difíceis obstáculos sem o carro pedir arrego é algo fantástico. Mas o desafio, a aventura de hoje é uma emoção indescritível: colocar sua Xterra no Rally Dakar.

Trata-se apenas da mais longa e difícil prova de rali do mundo que acontece há 40 anos. E os protagonistas dessa aventura são os paulistas Gutenberg Morales e seu filho Jonas Morales. Vamos saber um pouco mais sobre essa grande expedição.

Rally DakarPREPARAÇÃO

Antes de se juntar ao Rally Dakar, Gutenber e Jonas fizeram uma outra expedição, de cerca de 9 dias.

No dia 6 de janeiro de 2018, saímos com nossa Xterra 2005 azul da cidade de São Caetano do Sul SP com destino a Foz do Iguaçu PR, onde seria a concentração para partirmos em expedição no dia 9 de janeiro rumo a Cordilheira do Andes, onde encontraríamos o Rally Dakar. Éramos uma expedição de 12 carros, todos 4×4, porém de diferentes marcas.

Na cidade de Foz do Iguaçu conseguimos uma autorização para entrar com os carros na hidrelétrica de Itaipu, passando com os carros sobre a barragem e atravessando para o Paraguai.

Os dois primeiros dias foram de muita estrada de asfalto, onde tivemos temperaturas por volta dos 45°C, logo depois já estávamos na cordilheira, onde faziam apenas 6°C.

Fizemos uma visita ao Campo de pedra pome, uma das formações geológicas mais impressionantes do mundo, praticamente, um deserto de pedra pome.

Rally DakarSentindo o clima do Rally Dakar

Entre os dias 14 e 15 de janeiro de 2018, os Xterráqueos foram, primeiramente, para Villa Unión, na Argentina. Lá enfrentaram um trecho da famosa  Ruta 40.

No dia, começaram a sentir o clima do  Rally Dakar, fazendo um trecho cronometrado da edição 2009.

O off-road foi intenso. Enfrentamos  fesh-fesh, dunas, rios secos, erosões e muita, mas muita poeira. A experiência mais incrível do dia, sem dúvida, foi entrar no Canyon chamado Quebrada del Yeso, conta Gutenberg.

No dia 16, a experiência mais extrema da expedição. Subir a 4.400 metros de altitude.

Nesse dia, tudo foi levado ao limite. Os carros, com a falta de oxigênio; as pessoas, além de sofrerem com o baixo índice de oxigênio também sofreram com a diferença de pressão. Com isso, os carros ficaram fracos e algumas pessoas com sono profundo. Isso tudo sem falar do vento extremamente frio que fazia no topo, que em pouco tempo queimava os lábios.

Como pequeno descanso, nesse percurso passamos pela Laguna Brava, uma linda lagoa rasa de água salina.

Rally DakarJuntando-se ao Rally Dakar

Depois de 11 dias de viagem, enfim, o primeiro contato com o Rally Dakar. Foi na  cidade de Chilecito, onde o grupo visitou o acampamento da 12° etapa.

O dia 18 foi de grande adrenalina e também o dia de ver o Rally de perto.

Nesse dia vimos o Rally “em movimento”. Acordamos às 2h30 para passarmos por um trecho do Dakar antes que esse fosse isolado para a passagem dos pilotos. Nesse dia os carros também foram levados ao extremo. Atravessamos 15 vezes o rio do degelo de madrugador. A escuridão era total e o céu indescritível!!!

Passamos o dia em um ponto para ver a passagem dos pilotos. Além deles também passaram carros de apoio e muitos helicópteros que filmavam o Rally.

A volta

Os  três dias seguintes foram de asfalto, com o grupo voltando para Foz do Iguaçu.  O grupo ainda teve tempo para visitar uma grande atração, na Argentina.

No caminho da volta, visitamos o Parque Nacional Ischigualasto, que traduzido da língua indígena significa “local onde nada vive”. Lá há  muitas ossadas de dinossauro e é também conhecido como Vale de la Luna. Essa alcunha se deve ao fato de ser o local da terra que mais se assemelha a Lua.
No dia 21 de janeiro chegamos de volta a Foz do Iguaçu.

Rally DakarConte sua história

Fantástico esse relato, não? Conte também para nós sua experiência a bordo de sua Xterra ou outros veículos. Envie-nos pelo e-mail aguaxterra@gmail.com ou pelo Whatsapp 37 99116-5454. Aguardamos seu contato.