Nissan Xterra – no asfalto ou na terra um ícone

Nissan Xterra

Verdadeiro ícone, Nissan Xterra deixa saudades aos brasileiros

Ter um Nissan  Xterra é um privilégio. O carro, além de ser uma verdadeira máquina de enfrentar desafios, teve menos de 10 mil modelos vendidos no país.

Essa máquina era produzida na fábrica de São José dos Pinhais (PR).  Tendo chegado ao mercado brasileiro em 2003 na versão SE, o Xterra é um carro especial. Com motor 2.8 turbodiesel de 132 cv e 34,7 kgfm e tração 4×4, o carro é ideal para quem quer desafios.

Para entender melhor a capacidade desse carro, leia alguns trechos da análise feita sobre o primeiro modelo lançado em 2003 por Ricardo Panessa, da Webmotors.

Bom no asfalto

Nissan Xterra

Conjunto mecânico robusto e eficiente garante bom desempenho geral

O motor 2.8 turbo diesel MWM Sprint, com intercooler, que equipa o Xterra é um dos principais atributos do modelo. Quase tão silencioso quanto um propulsor a gasolina, disponibiliza potência máxima de 132 cavalos às 3.600 rpm. O torque máximo, de 34,7 mkgf, é atingido a apenas 1.800 rpm. Essas características, aliadas às respostas rápidas e precisas do câmbio manual de cinco velocidades, com escalonamento de marchas proporcional à curva de torque e potência do motor, e ao ‘sopro’ extra do turbo por volta dos 1.500 / 2.000 giros, garantem desempenho divertido e vigoroso.

Mesmo pesando 1.935 kg o Nissan Xterra responde às acelerações e retomadas de velocidade com incomum desenvoltura. Velocidade máxima não é seu forte – só 164 km/h, segundo a Nissan – mas é capaz de atingir os 100 km/h partindo da imobilidade em apenas 14,3 segundos. Mas isso é apenas um detalhe. O gostoso mesmo ao conduzir o Xterra é a sensação produzida pela força da aceleração e trocas de marchas curtas.

A suspensão dianteira independente e a traseira com eixo rígido e feixe de molas semielípticas oferecem boa relação maciez-conforto-estabilidade, tanto no asfalto quanto na terra. Com 1,89 metro de altura total do solo até a parte superior do rack instalado na capota, e com vão livre de 235 mm, o Xterra teria tudo para comprometer a estabilidade. Mas, muito pelo contrário, apresenta pouquíssima inclinação lateral (ponto fraco dos veículos altos), e faz curvas com impressionante facilidade.

A mesma revista ainda ressalta o desempenho do carro na terra.

Bom na terra

Se no asfalto esse verdadeiro jipão é gostoso de dirigir, pelos caminhos de terra ele diverte ainda mais. Alto (1,89 m), curto (4,53 m) e com reduzida distância entre-eixos (2,65 m) é ágil como um cabrito, mas macio como os saltos dos coelhos. Suas dimensões compactas facilitam as manobras em espaços reduzidos, mas não prejudicam o conforto interno.

Panessa continua sua análise que é quase uma ode (um poema elogioso) ao Xterra.

Flutuando sobre suspensões firmes, porém macias – dianteira independente com barra de torção e traseira de eixo rígido com molas semielípticas – o Xterra desliza sobre as irregularidades dos caminhos de terra com incomum conforto. Os níveis de trepidação e ruído são o mínimo que se poderia esperar de um veiculo rodando sobre pisos irregulares.

O jornalista ainda ressalta a capacidade de freagem do XTerra. Veja abaixo.

Bom de freios

O Nissan  Xterra tem sistema de freios bem dimensionado. A discos ventilados nas rodas dianteiras e tambor com ajuste automático nas rodas traseiras, acionado hidraulicamente, o sistema apresentou respostas surpreendentes nas frenagens de pânico simuladas durante o teste num trecho de terra.

A combinação disco/tambor do sistema de freios que equipa o Xterra inclui, ainda, como equipamento de série, o recurso auxiliar ABS nas quatro rodas. Embora muitos off-roaders contestem a eficácia do sistema ABS quando utilizado sobre pisos sem aderência, no Xterra eles demonstraram eficiência. Ajustando eletronicamente a pressão do fluido de freio de cada roda, e medindo a velocidade de desaceleração do veiculo através de um sensor, o sistema adapta automaticamente a pressão de frenagem, dependendo do tipo de superfície da estrada. No Xterra funcionou plenamente.

O interior do veículo, bastante prático, também mereceu destaque do jornalista.

Bom por dentro

O painel, de linhas limpas, agrada pela sua modernidade. Os comandos elétricos dos vidros, da abertura das portas e de regulagem dos retrovisores externos, ficam bem à mão do motorista no painel da porta.

A visibilidade é outro ponto forte. Além da visão frontal pelo pára-brisa dianteiro, tanto o motorista quanto os passageiros têm excelente visão traseira. Isso se dá pelo amplo vidro de trás ou pelos espelhos retrovisores laterais. Uma característica exclusiva do Nissan Xterra é a posição do assento traseiro mais elevado, que proporciona, uma visão tipo “estádio”. Com isso, os passageiros conseguem enxergar acima da altura do motorista e do passageiro dianteiro. 

Por fim, vamos destacar a parte que todo amante do Xterra mais adora: o off road.

Bom no off-road

Nissan Xterra

Tração 4×4 optativa e caixa de redução garantem qualquer aventura

Normalmente o Nissan  Xterra traciona apenas as rodas traseiras. Mas, se o terreno piorar, basta conectar a tração 4×4 por meio de uma segunda alavanca, localizada ao lado da alavanca de câmbio. Se a situação piorar ainda mais, a mesma alavanca conecta a caixa de redução. Aí sim, o Xterra adquire a força de um trator e duplica sua capacidade de transpor obstáculos. A roda livre é automática e não exige qualquer manobra para ser conectada.

O XTerra é o carro ideal para aventuras em lugares como a Serra do Caraça, Serra da Canastra ou mesmo para o Passo da Ilha. Aliás, em um XTerra você pode ir a qualquer lugar.