Loucos pela Xterra da Nissan

Loucos pela Xterra

Que somos loucos pela Xterra todo mundo está cansado de saber.

Temos um carro que poucos possuem e nos orgulhamos dele por todas as suas vantagens, por isso Somos Loucos pela Xterra. Porém, não é todo mundo que sabe o quanto esse carro é bom e o que pode tirar dele. É  por isso que trazemos mais uma análise imparcial, não apaixonada, balizada do jornal O Tempo, de 26 de março de 2006.

Loucos pela Xterra
Rodrigo Shneider, um dos Loucos pela Xterra

A análise levou em conta vários elementos constituintes do carro, com notas entre 0 (péssimo) e 5 (excelente). Os Loucos pela Xterra também podem dar sua opinião, fiquem a vontade para comentar.

Estilo

A nota dada pelo jornal foi 4.  O desenho tem curvas firmes e marcantes. Marcam também a personalidade forte e aparência de coragem e robustez a toda prova. O conjunto volumétrico é irregular, apresentando relevos, frisos e teto com altura variável, em uma proposta única em seu segmento.

Acabamento interno

Outra nota 4 dada pelo
A versão testada é a mais comercializada (completa-SE) e oferece a mais console central, CD changer e bancos em couro como opcional, entre outros menos relevantes.

O acabamento é primoroso. Os materiais, o desenho e os volumes agradam muito tanto visualmente quanto ao toque. Bolsões atrás dos bancos, vários porta-trecos e confortáveis apoios para braços nas portas e dianteiro central fazem parte de um conjunto de agrados que cativam os ocupantes.

Mas nem tudo são flores. O jornal cita também os defeitos

Falta apoio para braços central traseiro, forros de portas sem materiais que sujem facilmente. Também necessita de carpetes e forro para o assoalho do porta-malas em dupla face (com lado próprio para cargas e sujeira).

 

Visibilidade


A nota dada por O Tempo  para esse quesito foi mediana: 3.  O jornal considera a visibilidade  boa em todas as condições normais de trânsito. Em se tratando de um veículo com os pára-choques muito altos, uma marcha à ré mal dada pode facilmente causar prejuízos ao veículo estacionado atrás.

Para evitar angústia ao engatar a ré, dores na consciência e torcicolos, seria indispensável a adoção de um sistema eletrônico de posicionamento traseiro.

Suspensão

Outra nota 3. O jornal lembra que em médias e altas velocidades a suspensão traseira pula. Isso não agrada completamente aos passageiros do banco de trás. Em terrenos ruins, em baixas velocidades, o desempenho é surpreendente e agrada muitíssimo.

Mesmo inclinando bastante nas curvas, obedecendo-se sua vocação por velocidades moderadas, o veículo atende bem as situações de trânsito normal em rodovias e cidade, transmitindo segurança.

Câmbio

Outra nota 4.  Para o jornal, a leveza e precisão dos engates surpreende. A redução e a tração são controladas mecanicamente através de uma pequena alavanca (embora menos confortável, para um veículo “guerreiro”, o sistema mecânico é mais confiável).

A primeira marcha é muito longa, nas arrancadas em aclives, tem-se que forçar muito a embreagem. Infelizmente, o modelo não dispõe de sistema de controle de tração, mas os diferenciais de escorregamento limitado são uma solução de menor custo e que atende bem às necessidades menos pretensiosas.

Posição de dirigir ” instrumentos”

O banco do motorista não tem regulagem de altura mas, mesmo assim, é muito confortável e bem posicionado. O assoalho muito alto é um ponto que deixa a desejar, os joelhos ficam muito altos e mal apoiados pelo banco.

O painel de instrumentos é completo, de ótima visualização e os mostradores de fácil leitura. Os comandos são de boa empunhadura e bem posicionados.

A redução mais próxima que a alavanca de marchas (inverso ao normal, devido a tropicalização) não ficou ruim, até facilita na compressão necessária para seu acionamento. A liberação do freio de estacionamento do lado direito é esquisita, mas funciona do mesmo jeito.

Desempenho

Mais uma nota 4. A motorização é diesel 2.8 turbinado com intercooler (equipamento que promove a concentração do ar que vai para o motor) e potência de 140 cv.

Embora o motor seja chocho abaixo das 1.500 rpm e só acorde definitivamente após as 2.000, o desempenho é muito bom e atende ao que se espera no segmento. Com a tração e a redução acionadas, sobe até em “paredes”.

Segurança

A nota dada pelo jornal foi 3.O veículo testado estava equipado com freios assistidos por “ABS” e proteção por airbags frontais. Quanto à proteção relativa à criminalidade estava presente sistema de abertura de portas por controle remoto e alarme contra furto.

Sente-se a falta de sistema de travamento automático das portas pela velocidade e sistema de fechamento dos vidros por um só toque.

Nível de ruído

A nota 3 está dentro do esperado. O nível de ruído que o motor proporciona dentro do compartimento de passageiros com os vidros fechados é característico da motorização e está dentro do esperado (com os vidros abertos e em locais fechados, ou próximo ao motor, chega a ser escandaloso). É esperado que a montadora venha a rever esse item.

Tecnologia

Tecnologia não é um ponto de destaque, mas não fica a desejar; por isso a nota 3
O veículo apresenta soluções interessantes mas, como inovação de maior relevância temos apenas a injeção eletrônica do diesel.

Seria muito adequado se estivessem disponíveis sistema eletrônico de controle de tração nas rodas, comando eletrônico inteligente para o acionamento das opções de tração e sistema tipo radar para avaliar a distância de obstáculos à ré.

Espaço interno

Esse é outro destaque do Xterra, cuja nota foi 4. Embora o assoalho alto prejudique discretamente o posicionamento para as pernas, há espaço para todos os cinco ocupantes com bastante conforto. O banco traseiro fica devendo apoio de cabeça, cinto de três pontos e rebaixamento para a posição central.

Capacidades

Carga não é um problema para o Xterra, cuja capacidade do portamalas é de 1.260 litros.  A carga útil que pode ser transportada, incluído os passageiros, é de 1.000 Kg e a capacidade de reboque maior que 900 Kg. Os números são muito bons, superior a várias caminhonetes de médio porte. Por tudo isso, a nota foi 4.

Manutenção

Ter um Xterra não é sinônimo de manutenção complicada, uma vez que  a motorização MWM é velha conhecida. Os sistemas eletrônicos requerem equipamentos específicos para o diagnóstico das falhas. A nota dada também foi ótima:4.

NOTAS
0 Péssimo
1 Ruim
2 Regular
3 Bom
4 Ótimo
5 Excelente

Claro que para os Loucos pela Xterra só tem benefícios, pois a paixão não tem limites.