Casal de aventureiros atravessa o Brasil a bordo de sua Xterra

casal de aventureiros

Que tal atravessar o Brasil de carro? Se essa é uma loucura para você, o mesmo não se pode dizer do casal de aventureiros Patrícia e Anderson, que ousaram fazer esse empreendimento. Nessa época em que estamos celebrando o amor, contaremos sobre essa ousada viagem de 28 dias  cerca de 9 mil km rodados, tendo passado por 14 estados brasileiros.

casal de aventureirosPara enfrentar essa empreitada, não havia um veículo melhor que a nova Xterra do casal. Como o percurso era longo, ela foi equipada com cama, cozinha, churrasqueira, toldo, água e alimentos.

Planejamos uma viagem diferente. Deixamos de lado todos os confortos das viagens passadas, como hotéis, cama arrumada, café da manhã servidos na mesa, avião, carro alugado… Enfim, trocamos tudo isso por uma nova aventura, um novo estilo no qual descobrimos que tudo o que precisávamos estava ali dentro de um só carro. Fizemos tudo o que foi planejado para uma aventura off-road.

Muita lama, poeira, areia, dunas, acampamento selvagem,banho no rio, banho em posto de combustível, camping, nascer e por do sol. Passamos por muita adrenalina e, claro, testamos nossa viatura no chão bruto que tanto amamos. E, como os que já possuem esta beleza de carro já sabem bem, ela se comportou, aguentou o tranco (claro, com algumas manutenções na ida e na volta),  mas a bruta nos levou para lugares espetaculares. Por meio dela vimos os cenários mais exuberantes do Brasil. Tivemos o privilégio de contemplar a bordo de nosso carro todas as belezas e paisagens incríveis”, conta Anderson.

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A viagem do casal de aventureiros

A viagem do casal de aventureiros começou no dia 21 de dezembro. Eles saíram de Curitiba com destino à Bahia. A primeira parada foi na Chapada Diamantina. “Fomos visitar a cachoeira do Buracão, definitivamente uma das mais belas e impactantes cachoeiras da chapada, com sua vista incrível e queda de 85 metros”, relembra o aventureiro.

No dia 24 de dezembro,  o casal seguiu para Paulo Afonso, ainda na Bahia. A aventura continuou pelo Nordeste do Brasil. Passamos pelos Cânions de São Francisco, Prainha, na cidade de Piranhas, em Alagoas, além da Barragem do Xingó, Prainha de Canindé de São Francisco, no Sergipe.

No dia 27 de dezembro, o casal seguiu rumo ao sertão de Pernambuco. Por lá, mais surpresas boas os aguardavam.

Conhecemos a cidade de  Belém de São Francisco: um lugar simples, porém com suas belezas naturais. Lá contemplamos a caatinga com  seus tons e contrastes, o solo com sua vegetação seca e bela ao mesmo tempo.

Segunda semana de viagem

Depois de passarem o Natal e os dias seguintes na estrada, o casal iniciou, no dia 28 de dezembro sua segunda semana de viagem. O destino? O Ceará. “Conhecemos muitos lugares lindos por lá, fomos a Canoa Quebrada onde passamos nossa virada de ano, conhecemos Beberibe, entre outros atrativos.

Depois da virada em Canoa Quebrada, pés novamente na estrada. Dessa vez, o destino era bem famoso: Jericoacoara. “Este é um dos lugares ideais para os amantes de turismo e aventura 4×4 na areia. Suas dunas são uma atração imperdível no local, porém são muito traiçoeiras”, conta Patrícia.

Mas uma viagem dessas sem algumas dificuldades básicas é quase impensável, não?  “Como em qualquer boa aventura raiz, tivemos alguns  perrengues: atolamos nas dunas, furou pneu. Mas pode ter a certeza que cada paisagem daquele lugar faz qualquer esforço valer a pena”, observa Patrícia.

Terceira semana

Uma boa aventura pode levar vários dias. Como o casal de aventureiros tinha um bom tempo de férias, subir mais um pouco o mapa do Brasil não foi nada demais.

No dia 6 de janeiro, portanto, Patrícia e Anderson decidiram seguir para o Piauí. “Lá conhecemos o delta do Parnaíba, onde se concentram belezas naturais ainda pouco exploradas.  Esse lindo lugar está localizado entre os estados do Piauí e Maranhão. Mas vale lembrar que este passeio só é possível com barcos e catamarãs”, conta Anderson.

Já no dia 8 de janeiro, os paranaenses seguiram  de passagem para Carolina e Chapada das Mesas, no Maranhão. Lá lindas paisagens como cânions e suas formações rochosas alegraram-lhes os olhos.

Rumo ao Jalapão

casal de aventureirosDois dias depois (10 de janeiro), o destino foi em Tocantins, mais precisamente o Jalapão, considerado pelo casal um dos melhores lugares para uma viagem off-road.

No Jalapão, para se explorar completamente o local, não se pode ir com um carro qualquer. É necessário um veículo 4×4 para explorar e conhecer tudo o que essa exuberante região tem a oferecer.  São muitas as atrações, acredite.

 

A beleza do local é algo que marca, ainda que o casal já o tenha visitado anteriormente. “Na primeira vez, fomos na época da seca, e as águas ficam mais cristalinas, de uma cor sem igual. Aliás, o cerrado nessa estação é lindo”, conta Anderson.

Entretanto, ele lembra que o Jalapão é um local que gasta muito tempo para se visitar. “Para conhecer a região são necessários pelo menos 5 dias. Cachoeiras, fervedouros de água cristalina, até suas altas dunas  formam o cenário clássico do Parque Estadual do Jalapão.  Quem já foi  lá sabe muito bem o que é sentir a emoção e a paz junto a natureza. É um lugar  lindo e ao mesmo tempo bruto”, destaca.

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Última semana

No dia 14 de janeiro, iniciamos a reta final de nossa viagem. Na volta ao Paraná, um passeio então pela Chapada dos Veadeiros em Goiás. “Lá conhecemos a cachoeira Santa Bárbara, que é  sem dúvida uma das mais procuradas da região, por conta de suas águas de cor azul-turqueza e de uma beleza surreal”, relembra Anderson.

Nessa volta, depois de acabadas as férias, fica aquela sensação de ter feito algo único, que será guardado para a posteridade. Todas as paisagens e lembranças que guardaram  trazem uma impressão que pode ser resumida nessa frase do casal

“É como descobrir um brasil que não pode ser retratado em fotos e vídeos, mas apenas estando lá”.

A lembrança desse momento único traz uma lição, sintetizada pelo casal e que serve como ensinamento para todos aqueles que desejam viver a vida adventure. “Gostar de viajar não basta. Não importa o caminho ou a ferramenta escolhida.  O que vale são as boas histórias, ver muitas riquezas, saber admirar as coisas mais simples e observar os detalhes que passam despercebidos por muitos”, finaliza o casal de aventureiros.